O que é orgasmo feminino?

 

Não há como descrever de maneira correctíssima o que as mulheres sentem na hora do clímax, orgasmo ou gozo, como queiram, mas fizemos um roteiro básico para tentar esclarecer como o orgasmo se manifesta.

·  Os bicos dos seios ficam endurecidos

·  Automaticamente, a vagina e o útero se contraem

·  A vagina fica mais lubrificada

·  Então, a vagina vai se contraindo, contraindo...

·  Aí vem o orgasmo. Ele não dura mais que alguns segundos, mas é arrebatador e dá para saber que é "ele"

·  Depois, a vagina relaxa e sofre pequenas contracções involuntárias

·  Seu corpo fica mole, quase que anestesiado. Uma espécie de torpor, como diria os poetas

 

Orgasmos múltiplos

Orgasmos múltiplos ocorrem em alguns casos em que a mulher não tem um período refractário, ou ele é muito curto e experimenta-se um segundo orgasmo logo após o primeiro; algumas mulheres podem até ter uma sequência de orgasmos consecutivos. Para algumas mulheres, o clítoris e os mamilos ficam muito sensíveis após o clímax, ocasionando que estimulações adicionais possam ser dolorosas. Inspirações profundas, respiração rápida e continuação da estimulação podem ajudar a diminuir esta excitação.

Muitos homens que começaram a se masturbar ou tiveram actividade sexual antes da puberdade relatam terem sido capazes de ter múltiplos orgasmos sem ejacular. Jovens crianças do sexo masculino são capazes de ter múltiplos orgasmos devido à falta de período refractário. Um estudo sugere que o orgasmo antes da puberdade dos homens é similar ao orgasmo feminino, podendo reflectir alterações hormonais durante a puberdade com influência sobre as características do orgasmo masculino.

 

Orgasmo espontâneo

O orgasmo pode ser espontâneo, parecendo que ocorrem sem haver prévia estimulação directa. Os primeiros relatos deste tipo de orgasmo provêm de pessoas que tiveram lesões da medula espinal (SCI). Embora a SCI muitas vezes leve à perda de certas sensações e a alterações da auto percepção, uma pessoa com esta perturbação pode não estar privada de sexualidade, como estimulações sexuais e desejos eróticos.

Também se discute que algumas determinadas drogas antidepressivas podem provocar o orgasmo espontâneo como um efeito colateral

 

Orgasmo vaginal

O "teoria dos dois orgasmos" (a crença de que no sexo feminino há um orgasmo vaginal e um orgasmo clitorial), foi criticada por feministas, como Ellen Ross e Rayna Rapp como uma "clara percepção masculina do corpo feminino". O conceito de orgasmo de natureza vaginal foi postulado pela primeira vez por Sigmund Freud. Em 1905, Freud argumentou que o orgasmo clitorial era um fenómeno que ocorria em adolescentes, e após atingir a puberdade a resposta adequada das mulheres maduras mudava para o orgasmo vaginal. Embora Freud não tenha fornecido quaisquer provas para esta suposição básica, as consequências de teoria foram muito elaboradas, em parte porque muitas mulheres se sentiram inadequadas quando elas não conseguiam atingir orgasmo através da relação vaginal que envolveu pouca ou nenhuma estimulação clitorial.

Em 1966, Masters e Johnson publicaram um trabalho de investigação sobre as fases de estimulação sexual. Seu trabalho incluiu homens e mulheres, e ao contrário de Alfred Kinsey anteriormente (em 1948 e 1953), havia tentado determinar as fases fisiológicas que ocorriam antes e depois do orgasmo. Masters e Johnson corroboraram a ideia de que o orgasmo vaginal e clitorial correspondem ao mesmo processo e argumentaram que a estimulação clitoridiana é a principal fonte dos orgasmos.

Anatomicamente o pénis e o clítoris têm prolongamentos internos, dificultando a distinção entre o orgasmo clitorial e vaginal.

A urologista australiana Helen O'Connell, utilizando técnicas de ressonância magnética, notou que existe uma relação entre os crus clítoris (crura, pernas ou raízes do clítoris) e o tecido eréctil do bulbo clitorial. Ela afirma que esta relação de interligação é a explicação fisiológica para o Ponto G e a experiência do orgasmo vaginal, tendo em vista que há a estimulação das partes internas do clítoris durante a penetração da vagina.

 

 Orgasmo anal

O orgasmo anal é um orgasmo originário da estimulação anal, como a de um dedo inserido, o pénis ou um brinquedo erótico. É ocasionado pela estimulação directa das terminações que inervam o esfíncter, em especial o nervo pudendo, entre outros 4 nervos da região pélvica envolvidos no orgasmo, tanto masculino como feminino.

 

Orgasmo mamário

Um orgasmo mamário é um orgasmo a partir da estimulação das mamas. Nem todas as mulheres são sensíveis à estimulação dos seios, no entanto, algumas mulheres afirmam que a estimulação da área da mama durante a ato sexual e as preliminares, ou apenas o simples fato de terem seus seios acariciados, pode levar ao orgasmo. De acordo com um estudo que questionou 213 mulheres, 29% delas tiveram a experiência de terem um orgasmo de mama de uma vez ou mais vezes, enquanto outro estudo afirmou que apenas 1% de todas as mulheres tiveram a experiência de terem um orgasmo mamário.

Crê-se que um orgasmo ocorra, em parte, por causa do harmónio oxitocina, que é produzida no organismo durante a excitação e estimulação da mama.

 

 

Orgasmo seco

É possível atingir o orgasmo sem a ejaculação (orgasmo seco) ou ejacular sem atingir orgasmo. Alguns homens têm relatado ter múltiplos orgasmos consecutivos, particularmente sem ejaculação. Os homens que experimentam orgasmos secos muitas vezes podem ter múltiplos orgasmos, com a necessidade de um período de repouso, o período refractário, reduzido. Alguns homens são capazes de se masturbar por horas, e, em um momento, atingir orgasmo várias vezes.

O orgasmo seco também pode acontecer em pessoas que se submeteram a cirurgias oncológicas, principalmente no cólon ou recto, no qual foi aplicado sessões de radioterapia e quimioterapia, lesando órgãos que contribuem para a produção do sémen.

 

Orgasmo simultâneo

O orgasmo simultâneo (também designado por orgasmo mútuo) é um clímax alcançado pelos parceiros sexuais, ao mesmo tempo, durante o ato sexual.

 

 

 

 

 

O que é o orgasmo masculino?

 

Pode definir-se o orgasmo como a reacção física e emocional a um estímulo sexual. E a verdade é que a resposta masculina à excitação sexual nada tem a ver com a feminina, com excepção talvez, da ruborização, dos espasmos ou dos gemidos.

 

Mas quanto à ejaculação, a história é outra. A excitação sexual masculina faz com que o sangue seja bombeado em grande quantidade para o tecido eréctil do pénis.

 

A sensação de calor e de bem-estar que se espalha pelo corpo todo, resultado da erecção, é acompanhada pelo aumento do tamanho dos testículos que, num determinado momento, se retraem exercendo pressão sobre a pélvis. Esta tensão sexual adivinha a fase seguinte: a ejaculação.

 

 A ejaculação



É possível um homem ter ereção sem ejaculação, ejaculação sem ereção e orgasmo sem ejaculação, desde que aprenda a fazer isso. Orgasmo é a sensação, ejaculação é a saída de esperma.

 

 Orgasmo sem ejaculação

 

A ejaculação não passa de um fenómeno localizado e mecânico, no qual o líquido ejaculatório, em consequência da diferença de pressão, migra de um local para o outro. Já o orgasmo consiste numa série de fenómenos corporais e neurofisiológicos.

 

A sensação ejaculatória causada pelo progresso do líquido espermático dentro dos órgãos genitais depende do grau de força dos músculos que sustentam o pénis, assim como dos músculos que o contraem, fazendo o sémen chegar ao exterior da uretra.

 

Esses músculos, se treinados, podem aumentar o tempo de controle ejaculatório e, como após a ejaculação normalmente o pénis perde sua rigidez, essa ejaculação mais tardia aumenta consequentemente o tempo de erecção, o que por sua vez aumenta o tempo da sensação orgástica.

 

Além disso, é possível ter um orgasmo completo sem ejaculação simultânea, e aí se encontra o segredo para o homem se tornar multiorgástico. A maioria dos homens que já teve essa experiência espontaneamente julga que foi um acidente, outros já se preocupam achando que está acontecendo algo de errado com eles, mas muito poucos pensam no fato de que pode ser uma experiência repetida quantas vezes quiserem e ser cada vez mais aperfeiçoada.

 

 Orgasmos múltiplos

 

Sem dúvida, o orgasmo é o prazer físico mais intenso que o ser humano pode experimentar. E o homem pode aprender a ter vários orgasmos consecutivos, mais intensos e fortes, sem ejacular. Dessa forma, ele substitui o prazer momentâneo de uma ejaculação comum pelo prazer do orgasmo múltiplo, que, além de permanecer por longo período, aumenta a energia e a sensação de bem estar. Mas a maioria dos homens desconhece seu potencial multiorgástico e só se preocupa em chegar rápido à ejaculação para se certificar de que cumpriu o papel de macho.

 

O homem multiorgástico é aquele que consegue ter dois ou mais orgasmos consecutivos. Mesmo depois do primeiro orgasmo ele pode manter a erecção e continuar fazendo sexo, alcançando mais um, dois ou três orgasmos sem descansar. Para isso é necessário que ele aprenda a ter orgasmos completos sem ejacular. Não havendo ejaculação, não há período refractário e, portanto, não há perda de erecção.

 

Não é muito comum encontrarmos homens com essa experiência em nossa cultura, porém na cultura oriental não é novidade. O conhecimento do orgasmo múltiplo masculino e do orgasmo não ejaculatório é muito antigo, e podemos encontrar referências na literatura tântrica e na história dessas culturas.

 

No tantrismo, antiga doutrina da Índia, o homem não ejacula, mesmo havendo penetração na relação sexual. O sémen é retido no seu corpo por ser considerado essência divina. Sua finalidade é circular através dos chacras até atingir o cérebro e inundá-lo dessa energia divina.

 

Quando o orgasmo múltiplo masculino foi mencionado pela primeira vez nos Estados Unidos, no final da década de 30, a maioria dos profissionais julgou-o uma anomalia. Mas, em seu livro publicado em 1948, Kinsey relata que alguns homens declararam ter mais de uma ejaculação com a mesma erecção. A partir daí, embora mais receptiva a essa ideia, a comunidade científica acreditou tratar-se de uma capacidade específica de alguns homens e não considerou possível um homem tornar-se multiorgástico. Somente a partir da década de 70 começou a ser aceita a possibilidade de o orgasmo múltiplo masculino poder ser aprendido.

 

Alguns sexólogos divulgam através de seus livros exercícios a serem praticados pelos homens que desejam se tornar multiorgásticos. Tudo começa com o aprendizado do controle do músculo pubococcígeo. O músculo PC, como é conhecido, é na verdade um grupo de músculos que vai do osso púbico até o cóccix. É ele que na ejaculação se contrai, levando o sémen através do pénis para ser expelido. Como o orgasmo múltiplo masculino depende de um músculo PC forte, a maioria dos exercícios ensinados visam ao seu fortalecimento. Barbara Keesling descreve o caso de James:

 

"Quando James e sua parceira fazem amor, de modo geral ele leva dez minutos ou mais para atingir um orgasmo. Ele começa a relação sexual lentamente e vai deixando sua excitação aumentar. Então, no instante em que está prestes a ejacular, com um movimento firme, ele se introduz profundamente em Sharon e contrai o músculo que se estende da base do pénis à área situada atrás dos seus testículos. Isto lhe permite um orgasmo completo - inclusive com aumento rápido de batimentos cardíacos, contracções musculares e aquela incrível sensação de alívio - sem ejaculação. James mantém sua erecção, continua a fazer amor e pode ter mais dois a quatro orgasmos dessa forma. Quando quer parar, ele atinge o orgasmo final e ejacula. James consegue fazer isso porque conseguiu um perfeito controle dos músculos pélvicos, que entram em espasmos quando o homem ejacula." 

 

 

 

Qual a diferença entre o orgasmo masculino e o feminino?

 

É difícil explicar com palavras, mas o orgasmo é uma espécie de ponto máximo de prazer que uma pessoa pode sentir durante uma transa ou durante a masturbação. Numa relação sexual, os homens atingem o orgasmo quando manipulam seu pénis ou quando penetram a mulher. Já para elas é muito mais fácil chegar lá por meio de estímulos no clítoris - pequeno órgão rosado na parte superior da vulva - que apenas pela penetração. O clítoris funciona como uma espécie de gatilho para o prazer feminino. O orgasmo só com a penetração é um pouco mais complicado para as mulheres. Em geral, exige maior prática, tranquilidade e intimidade com o parceiro.

Outras diferenças existem em relação à duração e ao tempo necessário para se atingir o ponto máximo de prazer. Para as mulheres, normalmente o orgasmo demora um pouco mais para acontecer. Entretanto, quando ele chega, tende a ser mais prolongado do que o masculino. Depois do orgasmo, ambos os sexos passam pelo período chamado refractário, uma fase de recuperação antes que se possa engatar uma nova actividade sexual. Para elas, esse período é bem mais curto que para os homens: em poucos segundos, a maioria das mulheres já estaria apta para experimentar mais prazer. Já entre eles esse período de recuperação tende a ser maior, sendo que muitos esgotam suas actividades sexuais diárias depois de um único orgasmo.

Para terminar: elas podem ter orgasmos múltiplos, ou seja, vários seguidos, quase sem intervalos, que podem propiciar um ápice de prazer por um tempo bem mais longo. É quase como um ônibus chegando atrás do outro, sem parar! Entre os homens esse fenómeno não acontece. Eles têm mesmo é que esperar o próximo trem passar. E tem dias que esse trem leva horas.

 

 

É considerada uma experiência encantadora, mas acontece em “tempos” diferentes para o homem e para a mulher. Geralmente, o orgasmo masculino é mais rápido e exige menores estímulos. Já a mulher, precisa de um tempo maior, de ser estimulada por mais tempo nos pontos erógenos que sente mais prazer. Caso a mulher queira atingir o orgasmo com a penetração, permanecer um tempo maior nas preliminares é fundamental, além de muito carinho, toques, beijos, abraços e atenção. Há mulheres que já tiveram várias relações sexuais e nunca atingiram o orgasmo. O orgasmo feminino é algo complexo e não existe “receita” pronta para conseguir alcançá-lo, pois cada mulher é de um jeito, gosta de sentir prazer e ser tocada de forma diferente. O segredo é que o homem conheça melhor a sua parceira, bem como a mulher se conheça mais para saber o que quer e o que não quer. Também é preciso que cada um aprenda a respeitar o ritmo do outro.

Foi-se o tempo que as mulheres não se permitiam o prazer. Querem conhecer, saber mais sobre como o corpo funciona e exigem o orgasmo. Como vocês podem ver, não é vergonha nenhuma falar sobre sexo. Bom para mulheres e homens que podem aprimorar na busca do mútuo prazer!

 

 

Duas perguntas frequentes:

 

1-Orgasmo verdadeiro ou falso?

Por ser muito grande o número de mulheres que apresenta dificuldade de orgasmo os homens estão sempre desconfiando da autenticidade do prazer de suas parceiras. Para se livrar da dúvida alguns tentam se especializar em misteriosa investigação e até procuram ler no olhar da parceira a certeza de que conseguiram proporcionar-lhe prazer. Há quem acredite que a prova do orgasmo feminino está nos olhos da mulher: "se ela revirá-los, mostrando o branco ou se ficar com olhos de carpa ou de pescada frita", afirmam eles. Mas conheci um rapaz que garantia não se confundir de jeito nenhum: "nessa hora as mulheres ficam com os lábios muito gelados". Será?

É claro que ocorrem mudanças corporais durante o orgasmo. Há aumento dos batimentos cardíacos e da pressão arterial, os músculos se contraem e aparece maior rubor na face, mas tudo isso pode não ser tão perceptível, principalmente se o homem estiver ansioso com o próprio desempenho.

 

2-Por que as mulheres fingem?

É muito raro encontrar alguma mulher que nunca tenha fingido um orgasmo. Cerca de 35% delas fingem sistematicamente. As razões são distintas. Há casos em que, temendo ser considerada fria ou decepcionar o parceiro, ela não encontra outra saída.

Durante milénios a mulher aprendeu a ser submissa ao homem e a se esforçar para corresponder às expectativas dele. A falta de desejo sexual era um aspecto importante da feminilidade e condição para que ela fosse aceita e admirada. Entretanto, após a pílula anticoncepcional, nossa história começou a mudar e passamos, nas últimas décadas, por uma transformação radical no que diz respeito à sexualidade feminina. Quando o sexo foi dissociado da procriação, pôde se ligar exclusivamente ao prazer e a mulher, então, reivindicou e ganhou o direito a esse prazer. Seu orgasmo se aprimorou: do único e simples, num primeiro momento, ela descobriu o múltiplo e, a partir daí, também o Ponto G e a ejaculação feminina.

O homem, por sua vez, confuso com mudanças tão repentinas, encontrou no orgasmo da parceira um alento para o medo que o atormentava: o de não satisfazer a mulher e por isso ser trocado por outro. Situação que, sem dúvida, afectaria sua certeza de ser macho. Agora, ao contrário de outras épocas, o orgasmo feminino passou a ser importante para seu equilíbrio emocional. Muitas mulheres percebendo isso, e exactamente da mesma forma que suas mães e avós fizeram, se submetem ao homem. Embora se sintam cada vez mais livres no sexo e na vida, elas fingem o orgasmo porque ainda não se desligaram totalmente da ideia de que, para manter um homem ao seu lado, devem agradá-lo em tudo e nunca frustrá-lo.

Entretanto, esse não é o único motivo para a mulher fingir orgasmo. Existem também mulheres que fingem o orgasmo porque não sentem tesão pelo marido e como não conseguem se separar deles por causa da forte dependência financeira ou emocional, evitam o sexo, alegando as mais variadas razões: dor de cabeça, cansaço, preocupação, sono. Quando sentem que não dá mais para fugir, transam por obrigação, sem vontade nenhuma, e então fingem o orgasmo para que o ato sexual seja o mais curto possível. E ao vê-las gozar, o marido se vê liberado para buscar logo o seu prazer e acaba logo, deixando-as em paz.